Alguém já me tenha visto
Na minha infância como eu
também estou vendo
Aquele menino correndo
Afoito com a pipa na mão
Num terreno baldio esperando
o vento
Ventar para que ela suba na
direção do céu
Começa a ventar o menino
Não perde tempo
Carretel já rola no chão
Cordel áspero começa a
circular nas mãos
Emocionado contempla o
passaro colorido de papel
Subindo cambaleando
Na direção do céu
O entusiasmo toma conta do
menino
Ele não vê atrás de si
O cair suave do entardecer
Uma voz murmura em seus
ouvidos:
-Vem menino já se faz tarde!
É hora da pipa descer
Tudo fica mais bonito
inclusive o sorriso
Nos lábios do menino
Ao se despedir do entardecer
Com a pipa segura nas mãos
Esperançoso de voltar amanhã.
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